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RESENHA | A REBELDE DO DESERTO (TRILOGIA)


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Título: A rebelde do deserto

Autor: Alwyn Hamilton

Gênero: Fantasia

Ano: 2016

Páginas: 288

Editora: Seguinte

Classificação Indicativa: +14

Minha Nota: 4,5

Sinopse: Primeiro livro de uma trilogia que combina mitologia árabe com faroeste para criar uma história fascinante - repleta de romance, aventura e magia.

O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos, o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher.

Amani Al'Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele.

Para Amani, ir embora é mais do que um desejo - é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por revelar a ela o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.


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Quando todo mundo parece ter tanta certeza, é difícil acreditar que alguém esteja certo.

Por que ler a trilogia de "A rebelde do deserto"?


Acompanhamos, desde o primeiro livro, a jornada de Amani Al'Hiza. Amani é uma garota órfã e solitária que vive na casa de seus parentes distantes. Sofrendo maus tratos constantes de sua família e inserida numa sociedade que espera apenas que as mulheres sejam boas esposas e se submetam a diversos abusos, Amani sonha em fugir de sua cidade - Vila da Poeira - e ir buscar uma nova vida na capital, Izman.


Com este objetivo em mente, Amani, sendo uma exímia atiradora, entra disfarçada de garoto numa competição de tiros para juntar dinheiro. É quando nem tudo o que ela planejava dá certo. Nossa então conhecida como "bandido dos olhos azuis" encontra um forasteiro misterioso e se vê envolvida numa trama cheia de emoções, tiros, batalhas, romance, amizades e reflexões.


Fazia um tempo desde que não lia alguma fantasia tão original e diferente. A fantasia, a construção do mundo e dos cenários nesses livros são incríveis. Acredito que tenha sido a primeira vez que li um livro do gênero num cenário tão desértico, com influências árabes e de uma cultura e costumes diversos. E foi incrível.


Fiquei encantada pelos elementos da história: pela mitologia, magia e lendas envolvidas. Queria conhecer cada vez mais sobre as lendas, o mundo e as criaturas descritas. Foi inovador e diferente de tudo o que estamos acostumados a ler e ver.


A história não tem tantas reviravoltas surpreendentes, mas isso não perjudica em nada a leitura e a trama. Mesmo esperando certos acontecimentos, queria continuar lendo incessantemente.


Apesar de ser uma fantasia jovem, a trilogia não é focada no romance (apesar de existir, sim). A autora segue um viés político e de críticas sociais muito importantes ao longo dos três livros. São questões que nos trazem muitas reflexões, não importando a idade com que você leia.


Por fim, eu definitivamente não queria dar adeus a Miraji, ao deserto, a esse mundo e aos personagens. Digo com tranquilidade que sinto saudade deles esporadicamente.


Ah, a trilogia conta com um conto extra de nome "contos de areia e mar". Não é essencial para o entendimento da história principal, mas por que não aproveitar um pouquinho mais desse mundo, não é mesmo? Vale a pena.

abusos, Amani sonha em fugir de sua cidade - Vila da Poeira - e ir buscar uma nova vida na capital, Izman.

Sinopse: 4 | Capa: 5 | Escrita: 5 | Personagens: 5 | Final: 5 | Recomendo: 5


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